Os contratos futuros do petróleo registraram uma queda nesta segunda-feira, dia 4, desfazendo-se de ganhos anteriores observados durante a virada da madrugada. O mercado reagiu à decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) de manter os cortes voluntários na produção até o final do segundo trimestre. Este cenário já havia sido antecipado pelos investidores e, portanto, os efeitos da decisão já estavam refletidos nos preços.

A tendência de baixa nos preços do petróleo ocorreu mesmo diante de tensões geopolíticas aumentadas, destacando-se o primeiro naufrágio no Mar Vermelho, um evento provocado por um ataque atribuído aos houthis. No entanto, a expectativa de que tal evento pudesse sustentar os preços foi contrariada pela reação do mercado.

No fechamento dos mercados internacionais, o Brent para entrega em maio recuou 0,90%, chegando a US$ 82,80 por barril na ICE, enquanto o WTI para abril registrou ganho de 1,54%, sendo cotado a US$ 78,74 o barril na New York Mercantile Exchange.

A decisão dos países da Opep+, incluindo grandes produtores como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Argélia, de estender a restrição na oferta visa sustentar os preços em meio a uma recuperação da demanda no Hemisfério Norte com a chegada dos meses de verão, conforme análises da S&P Global Commodity Insights.

A Rússia, ainda lidando com as sanções impostas pelos países ocidentais devido ao conflito com a Ucrânia, anunciou reduções adicionais em sua produção de petróleo, alinhando-se com os esforços do cartel para equilibrar o mercado.

No Brasil, segundo dados recentes da ANP, a produção de petróleo e gás natural apresentou uma leve retração em janeiro em comparação com o mês anterior, sinalizando as flutuações contínuas no setor energético do país.

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